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domingo, 8 de junho de 2014
Cais - Conceição Rios
"Quando o mar veio esbarrar na vida,
pouca gente ainda estava no cais.
Não havia mais por quem chorar os sais.
A espuma virou névoa.
A brisa congelou a relva.
O som do navio fantasma
fazia as casas balançarem.
Não era o balanço do mar.
Não era o vai-e-vem de amar.
Não era onde se queria estar.
Era o único lugar."
Transcrito do livro "Confluência", de Conceição Rios, pág. 25. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2009.
Conceição Rios é carioca, poeta, pedagoga pela PUC-RJ, onde trabalhou com arte-educação em permanente contato com o teatro, a música, o cinema, a publicidade, a televisão e até o circo (voador).
O cais é o porto seguro, onde a vida resiste aos tropeços, temores e terrores. A nau da vida faz sua travessia por águas calmas e tormentosas, mas sempre há um cais para nos abrigar do vai-e-vem cotidiano, dos caminhos interrompidos, dos fracassos sofridos ou dos amores partidos.
Por F@bio
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